ABANDONADOS A SUA SORTE
Castelo de asas com grades, janelas
Partidas que deixam entrar o frio
Velha, nova, escura, perdida, vazia
Abelhas que ferram, oferecem o mel
Colmeias cheias na serra, no monte
As picadas de víboras gritos de dor
De angústia e de muita mágoa
Homens feios, sem fé, mendigos voluntários
Sombras de si mesmos, que andam a solta
Como diabos pregadores, donos da verdade
Da morte , da escuridão, seres virtuosos, sem escrúpulos
Qual verdade ? qual virtude?.!
Gostam desta nova guerra aberta
Destes novos guerreiros,
alheios a tudo
A todos, crentes do além , fora do mundo
Dos que desprezam o corpo, as alegrias e paixões
Pequenos e pálidos delinquentes
Que não querem saber ler ou escrever
Sobem as árvores das montanhas , das serras
Vivem em cavernas fechadas, palheiros húmidas
Cheias de mofo, fedem de morte
Virtude duvidosa e livre
Donos da guerra, donos de nada
Canta o velho viajante
Que sente o enigma, silencioso
Dos montes dos ramos das oliveiras,
Das tempestades, da neve branca gelada
Das passagens, trilhos ou caminhos
De pregadores sem fé, sanguessugas
Que vestem as vestes de cordeiros
Encantadores de lobos, diabos escondidos.!!
Triste! Belo! Melancólico!
ResponderEliminarLer-te é uma aventura Maria.
Carpe diem
Fantástico! Parabéns!
ResponderEliminarA introspecção é uma das melhores áreas para a poesia!
ResponderEliminarGostei muito!
Eloquente poema, numa viajem interiorizada e silenciosa, não querendo dizer que deixou de amar o que está a seu redor, havendo no entanto a necessidade do apego e atenção, numa renovação de esperança da busca incessante pelo verdadeiro eu.
ResponderEliminarE em frente ao espelho, ocorre que, se olharmos, iremos sorrir e escutar o som privilegiado da paz, em que o infinito será mensurável. 🐺✍️🛣️🙏